terça-feira, 28 de outubro de 2014

Colagens com Papel

Série Velha Infância 



Sem título 




Utopia pensar que seria diferente...


Isso pra mim vem confirmar o que a gente já está cansado de saber. País que não investe em educação e por onde prefere que boa parte de sua gente que realmente não tenha acesso, uma vez que quanto mais ignorante for, mais fácil é de comprar e seduzir, o resultado é esse. Não tem o discernimento de parar e analisar o que de fato é bom pro próprio país. Não! Dá preguiça pensar! É a velha tradição e a maldição de Cabral: dou-lhes pentinhos e espelhos e vocês fiquem mansinhos comigo. E assim se arrastou por mais de 500 anos e certamente perdurará por mais 500. Eu sinceramente me envergonho. É como costumo dizer: em terra onde bunda é monumento e neymar é inspiração, o que se esperar? O último que sair por favor apague a luz.




quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Coisas de Criança


                       Lá pelos seus cinco anos era uma menina hiperativa e a mãe brigava com ela o tempo todo, bagunceira, não deixa nada arrumado, a mãe não dava conta de cuidar da casa, da criança e trabalhar fora no horário de escola da filha. E gritava com ela, para filha, para, fica quieta, fica quieta! Não é possível, eu arrumo você desarruma! E de tanto repreender aos gritos, passou a ver que a criança a obedecia e era encontrada muitas vezes com a boneca no colo alguns minutos olhando o nada, mas -  estranho -  com um olhar vazio. Depois fazia um ar triste de enfadonho e dormia. Quando acordava ficava irrequieta, hiperativa, bem, pelo menos diminuiu bastante, estou sendo muito dura com ela, pensou, não vou mais xingar, tem ficado tristonha. Os anos passaram. Quando fez onze anos disse que algumas vezes acontecia de tudo em redor ficar vermelho dando nela uma sede de fogo. A mãe não deu importância àquilo e observou já se formou, está é precisando casar-se.
                   Chegaram os treze anos. Êta aborrescência! Dizia a mãe quando a mocinha deixava cair as coisas das mãos, gritava com ela e a via ficar uns momentos confusa, e depois esquecia, parecia que nada havia acontecido. Pelo menos tem boa índole, satisfazia-se a mãe. No dia de seu aniversário de catorze anos, sua escola fez um passeio a uma fábrica de bonecas. Estava tudo muito bem quando todo mundo começa a correr, e ela junto corria, mas, quando chegam à porta, já escancarada, ela para e pergunta, porque todos correm? Fogo, fogo! Corre não fique aí parada! Ela virou uma barata zonza, ia de um lado pro outro, e quando começou a correr em direção ao fogo, foi puxada pelo braço pela professora. Os bombeiros não conseguiram apagar o incêndio, a fábrica não mais existia além de fumaça e escombros. Bonecas são de plástico, o fogo se espalha logo, ainda bem que ninguém se queimou, disse o bombeiro. Foram então verificar o que havia acontecido. Uma das meninas apontou para ela, foi ela, foi ela, eu vi ela jogando um fósforo aceso em uma caixa de bonecas! Não, não fui eu! Não fui eu! em choro convulso, eu não entrei, vi que era uma fábrica de bonecas vermelhas e fiquei parada na porta, não entrei, eu juro! Só corri quando me puxaram dizendo que era fogo. Não fui eu juro!

Nota: menina “haver-se formado”: ter tido a primeira menstruação.




sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Portas e Janelas

Portas abrem-se e fecham-se.
Há de ter um vento, uma mão.
Atrás da porta o relato de uma história que ainda será contada.
Finais felizes, tristes ou inacabados.
Quem saberá ao certo?
Qual trilha sonora levará ao melhor caminho?
A que responde a uma batida insistente ou a que açoita porta?
O vento sopra e varre esperanças, sonhos, desejos... traz o medo e a insegurança em suas asas. 
Mas onde há porta há janela.
Numa corrente de ar, tudo oque vem vai.
Ao fechar a janela, preserva-se o bem que a brisa traz.
Sempre haverá um dia, uma hora, uma estação, um momento dentro do tempo que mora atrás da porta, que será seu.
Sua história, seu caminho, sua porta.






sábado, 9 de agosto de 2014

quinta-feira, 17 de julho de 2014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Insensibilidade

Corpo estendido no chão
e tu passas por cima
cão morrendo de fome e frio na calçada
e tu finges não ver
assaltante rouba uma vítima
leva também a sua vida
outro depressivo suicida-se
doente morre sem atendimento em frente ao hospital
não sabes mais quem é o policial bom
ou quem é o político mal
o país na lama
mas é o partido que tu amas
criança é estuprada
recém nascida é raptada
tudo é só notícia
parece não ser mais de tua conta
estás trancado num mundo
de segurança fictícia
nada mais acreditas
tudo é rotina  mas
afastando-te
és conivente
com esse mundo horrível
incrível
tu nada mais sentes
tua alma está insensível


terça-feira, 27 de maio de 2014

Colagens com Papel


Série - Mitos Sagrados 



 São Jorge 

Santa Terezinha 

Nossa Senhora Aparecida 

São Francisco de Assis 



Santo Expedito 


Santo Antônio 

São Miguel, o Arcanjo 

São Benedito

São Sebastião 

Santa Clara 

Santa Edwirges 

Santa Joana D´Arc




*todas as colagens estão disponíveis para venda*