terça-feira, 16 de julho de 2013

Exposição "Oito Estações"

         A exposição é composta por oito maquetes que retratam cenários urbanos e rurais. A cena urbana de Veneza e Santorini com suas magias seduziram Santiago Ribeiro, sorocabano de berço, que aos seis anos de idade se inicia na arte de criar maquetes de todos os gêneros e se declara apaixonado pela arte em seu todo. Santiago percebe uma similaridade no coração dessas cidades (espaços), percepção que fica nítida diante das obras escolhidas para esta mostra. “Outra percepção, esta que considero mais mágica, vem das características rurais e bucólicas desses lugares, pois transcendem as diferenças de cada região retratada e se mostram uniformes em cada cena. Nesta exposição há quatro trabalhos que fazem parte de uma série chamado “Lembranças Sertanejas” e minha expectativa é ver a reação das pessoas diante dessas obras que fiz com um cuidado especial justamente na intenção de remeter ao público, principalmente mais velho, uma viagem nostálgica aos cenários de sua infância”. O trabalho da exposição é o extrato de uma pequena jornada de viagens virtuais e narrativas de familiares realizadas em três anos.
O olhar do artista se volta para as informações expressas das maneiras mais diversas, sempre com o intuito de trazer uma mensagem clara. No entanto, pela forma de se lançar sobre o tema. Na obra em que retrata uma favela com todos os seus preciosos e minuciosos detalhes, Santiago nos oferece outra cidade, absolutamente plástica, que se distingue pelo caos, mas ordenada dentro de uma lógica visual própria, elaborada com uma proposta clara para convidar o público a refletir sobre velhas questões sociais diante mensagem quase subliminar.
O talento de criar maquetes reside na capacidade de enxergar o mundo de jeitos diferentes. Há nos trabalhos de qualidade a pratica permanente de um exercício de ver aquilo que para muitos passa despercebido. Reside aí o segredo de exercer uma educação permanente do olhar, oferecendo sempre uma renovação. A arte de contemplar o espaço seja ele urbano ou rural, demonstrada por Santiago Ribeiro se dá em boa parte pela capacidade de retirar da aparente desordem o lirismo, seja nos seus aspectos mais discrepantes ou nos diálogos entre os ambientes e a vida. Dessas relações surge um apelo forte, a ser cada vez mais desenvolvido como experiência de linguagem plástica. 
























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