domingo, 9 de dezembro de 2012

Canção do Sonho




O som da madrugada se faz presente
Apenas sussuros e murmúrios estão vivos agora
Na Terra as sombras dominam
Silenciando  até a  canção das águas
Olho os céus e vislumbro Pégasus
Altivo com sua crina de luz
Com asas ligeiras ele segue  cavalgando pelo cosmos
Divina montaria de Perseu - o herói dos homens
- Ah Pégasus. eu murmuro
- Tende pena de nós, pobres mortais
Carrega-nos em teu dorso prateado pelos caminhos de estrelas
E afastai-nos da dor de Ser
Leva-nos a estrela do norte
Onde os sonhos são feitos de algodão doce
Onde residem as doces fragrâncias dos cabelos de Vênus
Livra-nos por um instante da certeza da morte e de seus horrores
Mas  Pégasus apenas continua a cavalgar pelo Cosmos
Indiferente ao pedido de um mero mortal
Ele irá descansar nas estrebarias dos montes da lua
Onde macias nuvens feito trigais lhe servem de leito
Onde a taça com o vinho de Hebe jamais deixa de se encher
E apenas Quíron pode  entender a dor de ser mortal.



Nenhum comentário:

Postar um comentário