quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Poema do Vento



Mutante

Sem morada fixa

Descobrindo todos os dias uma nova forma

Assim sou eu, vivo a buscar

Não desisto.

A eternidade é meu tempo


Não! Não mudo a direção, sempre para frente

Sigo sem medo

Forço passagem

Faço a diferença

Às vezes me despenteio

Todas às vezes despenteio algum desavisado

Faz parte



Sigo causando revolta

Mudanças severas ou sutis

Nada permanece igual após a minha passagem



Não tenho receio de ser assim

Já tive!

Já me envergonhei

Hoje sigo sem medo



Às vezes choro

Choro muito, causo inundações

E assim mais mudanças são vistas.

Mas é da minha natureza

Retraio-me e

Passados alguns dias estou de volta

Corro livre

Levanto poeira


Retiro coisas do caminho

Às vezes sou irresponsável

Não esqueço os caminhos que passei

Não esqueço os rostos que apreciei bem como os que odiei



Sigo livre, solto alegre

Posso passar por você e embolar seu cabelo

Caso isto ocorra, agradeça,

Eu passei por você, e isto

Fará com certeza uma diferença enorme, não só para mim

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