quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dos males, todos

Quero todos os males
Os piores e mais doces
Os ácidos também posso suportar.
Todos, sem fim.
Quero os males, as dores, as ilegalidades, os despudores, as falsas palavras e sentimentos
Não ortodoxos.
Quero cair do abismo
Sem medo e sem paraquedas
Quero subir no mais alto penhasco, enaltecer a paisagem e apagar minha memória já fraca e desnecessária. No ar, no vento, na nuvem, a plumagem dos anos se perdem e só resta o encanto.

Doce encanto...
Lembrar dos amores, aqueles velhacos passados e não quistos... prefiro esquecer, apagar como borracha suja, que deixa borrão.
Homens despudorados, que o único empenho foram me fazer mal.
Paixão é um mal da humanidade, mal necessário e que provei com gosto...

Quero o sexo da boca, da palavra, do corpo e do silencio.
Sempre gostei de sexo, mesmo velado, mesmo posto a margem e inatingível.
Não posso me esquivar dele, jamais... carrego o sexo nas nuvens que salto, entre meus seios arrepiados e nas minhas pernas molengas de lembranças de gozo.
Quero o sexo, atroz, vivo, agora.

Quero a bebida, o vinho, o absinto. O entorpecente delírio do álcool e dos vícios. Arrepiar os pelos dos outros, com uma liberdade comprada em litros e tocos.
Rir alto e dar a desculpa do excesso de líquidos. Poder me jogar diante das maiores bravuras dos homens, sem pestanejar. Sem a desculpa da louca coragem sã.


Sou o louco dos trilhos do trem, que tropeça em cada dormente. Posso ser atropelada pelo trem, mas o tempo é mais eficaz.
Minhas marcas da idade já são visíveis e indisfarçáveis. Horrendas fendas em meu maculado rosto de boneco.
Mordo quem me corrói e me irrita. Meus dentes já não estão tão fortes, mas espanto.


Vou pular no penhasco mais alto... vou navegar nas pedras pontiagudas desenhadas pelos anos. Vou cuspir pó e sangue na cara dos tolos.
Não quero os tolos por perto, nem os covardes.
Só quero os males, todos, um por um e seus pecados enfileirados.

Monotomia



Por onde quer que eu vá... Em qualquer lugar... É sempre igual. O dia é o mesmo e a noite é igual. A rotina da vida vai acabar me deixando louco... Se é que já não estou. São sempre as mesmas caras, as mesmas falas, as mesmas músicas.Um filme que vai e vem sem nada... Nada que me faça sair e viver outras histórias outras realidades. Por mais que minha alma, meu espírito, minha imaginação, meu coração viagem em seus simples desenhos, em seus simples lugares, não é o bastante para que eu possa descobrir e viver novas experiências. Nem sempre as minhas mudanças me fazem esquecer desse mundo, desse replay, que é a minha vida. Por mais que a vida me ensine e brigue por mim não aprenderei nunca e agora procuro uma razão para que isso aconteça. Uma brincadeira, uma mentira que machuca, que fere a alma e não deixa que ela se recupere. Os sentimentos têm poderes e com eles não brincaremos. A ilusão é apenas um estado onde fugimos de todos e tudo, mais por quanto tempo? Até percebe que a realidade vale mais do que imaginamos. Até que ponto podemos suporta a humilhação, o desprezo, a negatividades dos seres humanas? Isso não tem hora nem tempo, ao longo da vida vamos carregar uma mala onde colocaremos tudo o que estamos vivendo e quando a mala está pesada de tantas coisas negativas descarregamos na primeira pessoa que encontramos, que não tem nada a ver com isso, por que não descarregamos na pessoa mais culpada de tudo isso, o eu. Pensamos que não somos capazes de assumir o que há dentro de nós, de lutar pelas pessoas que amamos, de batalhar pela a nossa própria vida. Sempre deixamos de lado os nossos sonhos de um dia ser feliz, de um dia viver a vida como se não existisse o amanhã, sem se preocupar com o que irá acontecer amanhã, daqui à uma hora, duas, três... Sem pensar no futuro vago e sóbrio que nunca podemos vê-lo e quando conseguimos enxergar já é tarde demais, pois ele já virou presente ou até mesmo passado. E o presente que é tão pequeno que acabamos perdendo há sua hora. Nosso trem é assim, rápido e às vezes monóico. Quem pode mudar isso? Quem? Eu pergunto? Essa resposta está tão perto, bem na nossa frente, ou melhor, dentro de nós, somos dois seres que sempre trabalham juntos, mais em algumas ocasiões nos deixamos ser dominado pelos sentimentos e acabamos entrando em conflito com o eu interior e não temos mais vontade, animo de fazer nada, tudo em nossa vida vira nada. E ao redor? Vira nada. Acabamos então virando um eterno nada. O nada, nada mais é do que a escuridão da nossa mente, o simples fato de fechamos os olhos, colocarmos a escuridão em primeiro lugar, por mais que a luz do sol seja de arrasar, não havemos e nem sentimos, estamos tão obcecados pelo nada. A nossa mente já criou um mundo onde nos dá conforto e vivemos exatamente onde estamos querendo, nesse mundo vazio, que são poucos que suportam, raros os que saem e muitos os que entram.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

As Complexidades do Amor

Pessoas que você acha que ama mas depois descobre que estava enganada(o).
Pessoas que você acha que detesta mas descobre que ama.
pessoas com quem você aprende muito e outras com quem você desaprende.
Pessoas em quem encontra o porto seguro e outras com quem se sente totalmente desprotegida(o).
Pessoas em quem você pode confiar de olhos fechados e outras em quem você nunca pode confiar.
Pessoas que lhe oferecem amor e atenção e outras que lhe desprezam sem culpa.
Pessoas em quem você encontra mil motivos para amá-las e outras em quem você busca respostas do por que as ama, pois não há um motivo se quer que justifique esse amor.
A complexidade do amor....A GRANDE COMPLEXIDADE DO AMOR...